Segunda-feira, 26 de Maio de 2008
Relatório Final

Tendo como tema o graffiti, nomeadamente a sua inserção no conceito da arte urbana, formamos o grupo Tagraffs. Tagraffs surge da contracção da palavra tag (assinatura do graffiter) com graffiti. Estamos inseridos no Concurso Cidades Criativas, que tem como ideia geral, contribuir para a evolução das cidades portuguesas. Apresentamos então o nosso projecto que poderá ajudar a cidade de Matosinhos a inovar.


Temos como objectivos de projecto os seguintes:

  • Sensibilizar a população para a importância dos graffitis na qualificação da arte urbana;
  • Dar a conhecer a cidade de Matosinhos, contribuindo para a sua atractividade mediante uma oferta artística alternativa;
  • Promover o debate e a comunicação entre a população de Matosinhos no que respeita ao papel da arte na melhoria da qualidade de vida das pessoas.
  • Promover o gosto pela arte em geral e pelo graffiti em particular.

 

A partir destes objectivos chegámos a um problema: como promover o graffiti enquanto arte urbana como forma de desenvolvimento da cidade.

O graffiti surgiu nos EUA como forma de expressar o domínio territorial de alguns gangs. O primeiro graffiter, de que se tem registo, é de um miúdo que começou a graffitar as paredes de Nova Iorque, com um número. Afinal era só o número da sua porta…

O graffiti actualmente tem um papel de expressão do graffiter. Esta expressão cria em todos os que praticam este tipo de arte, um sentimento de adrenalina, o que leva a que, infelizmente, estes artístas escolham muitas vezes locais impróprios (ilegais) para se expressarem. Esta adrenalina, por vezes trás a lei atrás de si, ou seja, o graffiter quando apanhado é normalmente sujeito ao pagamento de coimas, assim como pode atingir uma pena de até cinco anos de prisão.

Hoje em dia, a imagem que o graffiti já melhorou, fazendo com que o interior da casa de muitas famílias já seja decorado com este tipo de arte, em vez de quadros ou de outro tipo de decoração. Vimos também que o próprio vandalismo ataca o graffiti. Muitas vezes vimos na rua verdadeiras obras de arte que, passados uns dias, ou mesmos umas horas, estão completamente rabiscados.

É frequente associar o graffiti à juventude. Esta relação, apesar de não ser linear, parece ter um sentido, pois a maioria daqueles que se denominam writers raramente ultrapassam a faixa etária dos 30 anos.


Desenvolvemos várias actividades no âmbito do nosso projecto, sendo as mais significativas:

  • Inquéritos à comunidade escolar (9º, 10º e 12º anos)

    Destes inquéritos retirámos duas ideias: de que a grande maioria achava o graffiti um tipo de arte e que para melhorar a imagem que fornece às pessoas (vandalismo), deveriam ser criados espaços próprios para se fazerem graffitis.

  • Entrevistas a dois graffiters

    Com estas entrevistas ficamos a saber as opiniões dos que mais integrados estão neste tema. Ambos disseram que pintavam para se expressarem, sendo que disseram também que a construção de um espaço próprio para graffitis em Matosinhos era uma inovação fantástica que iria mudar a opinião das pessoas acerca do graffiti e melhorar a cidade.

  • Entrevistas rápidas à população de Matosinhos

    As opiniões do público, acerca da classificação do graffiti como arte ou como vandalismo, dividem-se, sendo que, as pessoas mais jovens acham que é arte, enquanto que as mais velhas acham o contrário. Se o graffiti for feito num local inapropiado, é considerado pela maioria das pessoas vandalismo. Assim, e como seria de esperar, todas as pessoas que entrevistámos concordavam com a criação de um espaço próprio para graffitis em Matosinhos.

Tínhamos uma actividade prevista para dia 21 de Maio, e que devido à greve realizada nesse mesmo dia tivemos de adiar para 4 de Junho. Esta actividade é uma jornada de graffiti na nossa escola, com três graffiters a pintarem duas placas, cedidas pela Câmara Municipal de Matosinhos. O tema para os graffitis é o desporto, visto que estas placas irão ser colocadas no complexo desportivo do Padroense Futebol Clube. 


Todo este nosso investimento, no que diz respeito à fundamentação teórica e às actividades, fundamentam a proposta que vamos apresentar, proposta esta, que é a criação de um espaço próprio para se fazerem graffitis, em Matosinhos. Elaborámos esta proposta para dois locais. Um deles é um muro, que delimita um estacionamento em Matosinhos, na rua Silva Pinheiro. Este muro, de dimensões consideráveis, está num estado um pouco degradado, o que implicaría remodelar o muro e pintá-lo de branco, para que possa ser graffitado. Esta graffitagem seria feita de três em três meses, fazendo com que se organizassem dias do graffiti em Matosinhos.


Outro local que também propomos como espaço para graffitis é o jardim do Senhor do Padrão, junto à praia de Matosinhos. É um espaço de fáceis acessos e onde existe uma grande densidade populacional. Implicaria a construção de um muro, para o efeito, com dimensões de no mínimo quarenta metros, para que possa ser bem chamativo este local. Este jardim é de grandes dimensões, o que favorece a construção do muro para os graffitis, não obstruindo a passagem e o bem-estar de ninguém, e tornando o local mais atractivo, bem como a prórpria cidade de Matosinhos. 


 

 

 



publicado por tagraffs às 22:19
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